A carência de informações mais detalhadas sobre os solos brasileiros é um sério problema para o desenvolvimento nacional.

Ao tomar conhecimento dessa situação, em 2015, o Tribunal de Contas da União determinou que fosse elaborado um plano de providências para a criação de um programa nacional de solos. Foi constituído um grupo de trabalho formado por pesquisadores de várias unidades da Embrapa, do IBGE, da SBCS, da CPRM, de diversas instituições de ensino superior e do Ministério da Agricultura, que formularam um documento-base para a criação do Programa Nacional de Solos do Brasil, PronaSolos.

O PronaSolos deverá fornecer, num prazo de 30 anos, informações adequadas acerca dos solos brasileiros, que serão úteis não só para projetos agrossilvopastoris, mas também para a valoração dos serviços ambientais, alocação de áreas protegidas, empreendimentos de engenharia civil (hidrelétricas, estradas, etc.), análises de riscos de deslizamentos, cálculo de indenizações, dentre outros.

Para isso, tem como objetivo mapear os solos de 1,3 milhão de km² do Brasil nos primeiros dez anos e mais 6,9 milhões de km² até 2048, em escalas que vão de 1:25.000 a 1:100.000. Dada a carência de profissionais da área no país, serão necessários treinamentos e qualificações, além da constituição de um corpo técnico exclusivo para o Programa. Dentre as ações programadas destaca-se a plataforma do PronaSolos, que além de conter todo o legado de solos brasileiros já disponível para a sociedade, consiste em importante base organizacional do programa, fornecendo suporte operacional, distribuído em gerências regionais e núcleos estaduais.

Graças a essa plataforma será possível acompanhar o andamento do programa ao longo dos anos.